domingo, 14 de agosto de 2011

A tecnologia que vai mudar a maneira como milhões vê o Mundo


Centenas de pessoas no Malawi fazem fila para poder experimentar um par de óculos inovadores. Trata-se de uma tecnologia que permite a cada pessoa adaptar a graduação das lentes à sua própria visão.

Professor de Física da Universidade de Oxford, Joshua Silver, inventou óculos ajustáveis às necessidades de visão dos seus portadores, que poderão, segundo espera, ajudar milhões de pessoas nos países pobres a ver melhor. 
Joshua Silver explica: “os óculos foram concebidos segundo o princípio de quanto mais grossa for a lente, maior será a sua potência correctora”.
Os óculos têm dois tubos estreitos circulares cheios de líquido, cada um deles ligado a uma pequena seringa. Logo que a visão estiver corrigida, basta fechar a entrada de fluido nos óculos e retirar as seringas.
Devido a esta invenção Joshua Silver é um dos nomeados para o Prémio Inventor Europeu 2011, organizado pelo Instituto Europeu de Patentes.
Já foram enviados mais de 30 mil pares de óculos para vários países do mundo. O grande sonho de Joshua Silver é reduzir o custo dos óculos para 1 dólar e distribuir 100 milhões de pares todos os anos.
Em países com poucos recursos, estes óculos podem representar um enorme salto na qualidade de vida de milhares de milhões de pessoas.
Ouvi a notícia enquanto fazia zapping para fugir às notícias sobre a crise, tema que ultimamente preenche os nossos noticiários. Venham mais notícias como esta para nos informar sobre causas nobres …

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A pitoresca vila de Marvão


Perto da fronteira com Espanha, no ponto mais alto da linda serra de São Mamede, no Alentejo, está situada a vila de Marvão a 862 metros de altitude. Esta crista rochosa a tocar o céu embriaga de ar puro e entontece de vistas tão largas a quem a sobe.

Tão alto é o castelo que das suas torres e baluartes "as aves de mais elevados voos se deixam ver pelas costas".
O Castelo apresenta dois recintos interligados e uma cisterna monumental visitável; no Núcleo Museológico Militar, podemos conhecer toda a história desta antiquíssima fortaleza.
O Castelo e as muralhas pedem para ser fotografados, mas vale a pena visitar a Igreja Matriz, do século XV, e o Museu Municipal, instalado na antiga igreja de Santa Maria, onde se exibem tradições culturais e etnológicas, assim como descobertas arqueológicas da região.
A tranquila vila está cercada por muralhas que remontam ao séc. XIII. Com ruelas estreitas que serpenteiam por entre casas brancas típicas que nos desafiam a deambular por recantos pitorescos. No percurso, composto pela Rua das Portas da Vila, Praça do Pelourinho, Rua do Espírito Santo e Rua do Castelo pontua a arquitectura tradicional, com apreciável decoração de vãos de portas, janelas góticas e graciosas varandas de ferro forjado.

Marvão tem, no seu conjunto, um património arquitectónico singular no país, valorizado por uma paisagem impar, que domina do alto das suas muralhas, do próximo das serras, vales e prados entre terrenos bravios e pedregosos, ao longe das neves da Estrela.
Esta vila amuralhada oferece para além de um valor paisagístico inquestionável, uma estadia inesquecível, gozando do silêncio e quietude da vila, aliado ao bem receber dos marvanenses.



Onde dormir: 
Duas casas de aldeia foram facilmente adaptadas ao conceito de Pousada de Charme. A Pousada de Marvão, Santa Maria, com quartos que oferecem vista para a extensa paisagem montanhosa ou que estão virados para o interior da povoação e mergulham o hóspede nas ruas medievais.

Onde comer:
Varanda do Alentejo
Praça do Pelourinho 1 A
Contacto: 245993272
Com uma localização privilegiada, é uma varanda debruçada sobre a principal praça da vila de Marvão, onde se pode apreciar gastronomia de raiz alentejana.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

“7 Maravilhas da Gastronomia” portuguesa, vamos votar?

Esta é a nova disputa que nos vai deixar de água na boca…

Primeiro foram eleitas as Maravilhas Arquitectónicas, depois as Maravilhas Naturais, agora é a vez de elegermos as sete Maravilhas da Gastronomia Nacional e desta forma promovermos o País.
As “7 Maravilhas da Gastronomia” Nacional é uma iniciativa criada pela empresa "New 7 Wonders Portugal" que no passado já havia desenvolvido as "Sete Maravilhas de Portugal" (2007); "As Sete Maravilhas de origem portuguesa no Mundo" (2009) e "As Sete Maravilhas Naturais de Portugal" (2010).
Nesta iniciativa, todas as receitas e pratos a considerar no processo de eleição serão organizados pelas 10 regiões do país e em 7 categorias: Entradas, Sopas, Carnes, Caça, Peixe, Marisco e Doces.
Os possíveis candidatos às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa são: Cabrito Estonado; Cozido à Portuguesa; Açorda de Bacalhau; Leitão da Bairrada; Francesinhas; Sardinhas Assadas; Amêijoas à Bulhão Pato; Caldo Verde; Arroz de Marisco; Arroz de Polvo; Torta de Sardinha; Bacalhau à Lagareiro; Bacalhau à Gomes de Sá; Alheiras de Mirandela; Arroz de Cabidela; Pastéis de Bacalhau; Feijoada; Cabrito Assado; Presunto de Chaves; Migas; Lampreia; Polvo à Lagareiro; Carne de Porco à Alentejana; Queijo da Ilha de São Jorge; Ovos-moles de Aveiro; Pastéis de Belém; Rabanadas; Arroz Doce; Aletria; Leite Creme… e por aí vai.
O concurso está organizado em várias fases, sendo a inicial de candidaturas, onde se pode encontrar o formulário de candidatura disponível no site oficial do evento (http://www.7maravilhas.sapo.pt/maravilhas-da-gastronomia/apresentacao). 


Das candidatas, 21 serão escolhidas e organizadas em 7 categorias, 3 finalistas por categoria, sendo apresentados ao público para votação no dia 7 de Maio.

Os 7 vencedores serão apurados pelo maior número de votos. A votação também será realizada online tal como nas anteriores edições, a partir do site oficial do evento. Sendo a gala final em Setembro na cidade de Santarém e transmitida em directo pela RTP, televisão oficial do evento.
No ano em que se comemora uma década desde que a gastronomia foi considerada património cultural em Portugal, o concurso “7 Maravilhas da Gastronomia” pretende divulgar e promover este património reconhecido e apreciado em todo o mundo pela sua diversidade, mas que sofre forte concorrência da Espanha, cuja modernidade gastronómica atrai a atenção dos turistas estrangeiros.
Vamos votar e bater a concorrência! Já é hora de atrair os nossos turistas com a magnífica gastronomia portuguesa e agarrá-los pelo estômago.
Difícil vai ser, decidir-me entre o belo Cozido à Portuguesa e a irresistível Feijoada à Transmontana, na altura de votar!


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os meninos da Ilha de Moçambique

Conhecida como a pérola do Índico, impunha-se uma visita não só turística, mas principalmente histórica.
Assim sendo, tomámos coragem e rumámos ao norte de Moçambique, mais precisamente à Ilha de Moçambique.
Localizada no Norte do País, tem como limites a Norte as Províncias de Cabo Delgado e Niassa, a Sul e a Oeste a Zambézia e a Leste o Oceano Índico.


Fomos recebidos com grande alarido...
Um grupo de meninos corria atrás do chapa (nosso machimbombo) e gritava de contentamento.
Insistentes e de volta do chapa, esperavam ansiosos que se abrisse a porta deste, e sorridentes miravam-nos com olhar feliz.







Saímos e não nos largaram mais.
Queriam ser os nossos guias e mostrar a bela Ilha onde tinham nascido.
Mais tarde, percebi que era o grupo dos “balda”, apesar de muito espertos, não frequentavam a escola. 



Soube toda a história da Ilha através de Carlos, um menino de 9 anos. Um autêntico profissional. 

Fascinado pela sua Ilha, encaminhava a nossa visita, por entre as ruas típicas não alcatroadas, enquanto contava os factos mais marcantes.
A ilha de Moçambique tem cerca de 3km de comprimento e uma largura máxima de 600 metros.
O meio de transporte é simples: andar a pé.
Pode-se ver tudo o que interessa em ritmo de passeio.



Foi na Ilha de Moçambique que, em 1498, aportaram os navegadores portugueses e tornaram a Ilha num ponto estratégico, a partir do qual, iniciaram a expansão para outras regiões do País. Para o efeito construíram a fortaleza de São Sebastião e uma feitoria.

A ilha de Moçambique é hoje considerada um património da humanidade. Nela se cruzaram e se fixaram culturas de muitos povos; na sua arquitectura lê-se a geografia do mundo desde a Arábia à Pérsia, da índia à China.

Claro que a Europa está também bem patente, através da presença portuguesa de cinco séculos. Por isso, nada tem de estranho vermos numa rua, olhando as ondas do Indico por ele tão conhecidas, o vulto do maior poeta de língua portuguesa: Luís de Camões.
Camões viveu dois anos na Ilha. Dizem os historiadores, que aqui trabalhou muitos versos da sua epopeia "Os Lusíadas".
Da presença portuguesa na Ilha de Moçambique salientam-se obras como a Fortaleza de S. Sebastião, o Forte de S. Lourenço, o Fortim de Santo António, a Capela de Nossa Senhora do Baluarte, o Palácio e a Capela de S. Paulo, a Igreja da Misericórdia, o Convento de S. Domingos, a Igreja de Nossa Senhora da Saúde, o Hospital, entre outros.
Lugar de encontro de culturas, povos e religiões diferentes, a Ilha de Moçambique tem uma dimensão multicultural que é a sua marca identitária mais forte. Essa circunstância, a que se adiciona a sobrevivência de um importante legado arquitectónico português, proporciona à Ilha de Moçambique um estatuto único em toda a África Oriental.
Para comprar
As melhores peças à venda têm a sua matéria-prima "produzida" pelo mar. Falo das jóias feitas com a prata de moedas antigas provenientes de navios naufragados que as marés trazem para a ilha, abundantemente, pelo que vimos. Os artesãos locais conseguem fazer pequenas obras de arte com os despojos das naus da carreira das Índias. Há colares, pulseiras e cintos muito bonitos. Podem-se comprar moedas portuguesas de prata e de bronze aos miúdos que as vendem na rua. Também se podem comprar colares e pulseiras feitos com conchas, corais e com as chamadas "missangas do mar", missangas que alegadamente se encontravam a bordo de um navio árabe que passava ao largo da fortaleza e que os portugueses afundaram.
Onde comer
O restaurante Relíquia, perto do Palácio-Museu de S. Paulo. O Relíquia tem um
decor interior interessante e um menu com pratos suficientemente exóticos.
A esplanada do Relíquia, com as mesas rústicas de madeira, virada para o mar, é um sítio perfeito para apreciar o pôr-do-sol.
Enquanto aqui almoçávamos ... Carlos, o pequeno guia, apareceu com alguns búzios que tinha ido apanhar no fundo do mar para me oferecer ... Fiquei sensibilizada! 

No regresso, um percalço …
Ficámos atolados em lamas de África.
De repente, aparecidos não sei de onde, miúdos corriam para ir pedir ajuda aos locais para nos tirar dali.
As mulheres com baldes à cabeça tinham a simpatia estampada no rosto.
Algumas de rosto pintado de branco (como tinha visto na Ilha).
No Norte de Moçambique e principalmente na Ilha de Moçambique, as mulheres usam diariamente uma pasta branca no rosto, uma máscara de beleza natural, o muciro, que se obtém raspando com inchauri, uma pedra de origem marinha, o caule perfumado da árvore com o mesmo nome, ao qual se junta umas gotas de água até formar uma pasta.
Os miúdos mostravam os brinquedos, construídos por eles, o peixe que habilmente tinham pescado, e uma vez mais, e à semelhança dos outros meninos da Ilha, como eram meninos especiais.

Ainda hoje recordo, com saudade, os meninos de Moçambique.

domingo, 17 de julho de 2011

Sopa da pedra … um ritual!



Sempre que estamos fora sentimos falta do que é nosso. Seja a luminosidade, tão especial no nosso país, locais que gostamos de frequentar ou até os nossos pratos preferidos. Eu sinto sempre a falta de um boa sopa da pedra. Para mim, é como um ritual ir comer esta maravilha.

Típica de Almeirim, a sopa da pedra está associada a uma lenda. Conta-se que um frade, já cansado e com fome após uma longa jornada, bateu à porta de um solar e pediu à cozinheira que o deixasse fazer uma sopa, mas que não se preocupasse, pois precisava apenas de um tacho, água, sal, além de uma pedra do rio que já trazia. Mas assim que a água começou a ferver, o frade começou a pedir, um a um, vários ingredientes: um bocadinho de feijão, depois um enchido, a seguir uma couve... O resultado foi uma suculenta sopa que ainda hoje faz parte da tradição ser servida com uma pequena pedra.



Sopa de Pedra
Ingredientes:
Para 8 a 10 pessoas
• 1 litro de feijão encarnado 
• 1 orelha de porco
• 1 chouriço negro (de sangue da região)
• 1 chouriço de carne
• 150 g de toucinho entremeado
• 750 g de batatas
• 2 cebolas
• 2 dentes de alho
• 1 folha de louro
• 1 molho de coentros
• sal e pimenta
Confecção:
Se o feijão for do ano, não necessita ser demolhado. Se for duro, põe-se de molho durante algumas horas.
Escalda-se e raspa-se a orelha de porco.
Leva-se o feijão a cozer em bastante água juntamente com a orelha, os chouriços, o toucinho, as cebolas, os alhos e o louro. Tempera-se com sal e pimenta. Se for necessário juntar mais água, deve ser sempre a ferver.
Quando a carne estiver cozida, retira-se e introduzem-se na panela as batatas cortadas aos quadradinhos e os coentros picados. Deixa-se cozer a batata.
Assim que se retirar a panela do lume, introduzem-se as carnes previamente cortadas aos bocadinhos e uma pedra.
Onde comer:
O Forno 
Largo da Praça de Touros, 23
Almeirim
Telf. 243 592916

Manifestarmo-nos através do Silêncio



Vivemos num mundo que exclui o silêncio. A nossa existência está mergulhada numa bolha de ruído permanente ao ponto de, por vezes, o silêncio se tornar incómodo ou mesmo insuportável, criando a necessidade de o preencher com barulho, sons, palavras. No acto de comunicar está implícito o uso da palavra, do som, da imagem, etc. Raramente se pensa no silêncio, nas suas nuances. Se uma imagem pode valer mil ou mais palavras, o ficar em silêncio poderá deixar muito implícito.

A ideia do “não comunicar”, embora possa parecer uma contradição, faz parte da comunicação, já que a “não escolha” é em si uma escolha, portanto, um acto comunicativo. Sobre o silêncio encontramos definições tais como um estado de quem se cala, ausência de ruído, sossego, calma, sigilo, segredo. Pouco se fala do silêncio, pouco se escreve sobre ele, consequentemente, pouco se sabe sobre ele. 


O silêncio pode ser agressivo, calmo, acolhedor, sufocante, provocativo, entre muitos outros. A experiência de ficar em silêncio com uma pessoa ou em grupo permite que se conheça a cada momento, individualmente ou não, inúmeros tipos de silêncio. E em cada um desses momentos, se ouve ou se sente algo. 

Vivemos hoje no meio de um ruído colossal, intensificado pela técnica e muitas vezes destituído de sentido. Mais do que discursos, produzem-se ruídos. Multiplicam-se as reuniões, as publicações, os sites, onde cada qual parece ter a última palavra a dizer ao mundo. E a comunicação, por vezes, transforma-se em desespero, querer dizer algo e dizer absolutamente nada.

A palavra, seja qual for a forma de expressão, precisa, para operar com eficácia, nascer do silêncio e do saber ouvir. O silêncio é exigência não apenas de recolhimento e de introspecção, de contacto com a voz interior, mas também de certo distanciamento do mundo exterior, não para dele fugir, mas para assumi-lo de modo mais consciente e poder chegar a uma comunicação mais autêntica. Assim, o saber ouvir certamente não deve ser entendido como inércia, passividade ou renúncia à palavra, mas como expectativa e abertura ao outro, para que o nosso falar não se transforme em monólogo ou, de alguma forma, em violência, demagogia. Saber ouvir significa reconhecer que a voz do outro não é um ruído entre muitos, mas representa a revelação de um eu, de uma pessoa que nos tem algo para dizer e nos pode enriquecer, porque nos comunica alguma coisa absolutamente diversa de nós. 

Um ponto que nos confunde e dificulta a nossa compreensão das diferenças culturais é o facto de, na nossa própria cultura, haver momentos em que as pessoas tanto podem ser distantes, como insistentes, na sua forma de utilizar o espaço. É importante deixar espaço para a outra pessoa se mostrar, fazer uma troca onde ambos se modificam. 
No mundo actual, as pessoas tornaram-se mais intolerantes perante os silêncios individuais. Vivemos num ambiente que é extremamente extrovertido: tudo se fala, tudo se diz e não se respeitam os momentos de silêncio, que são fundamentais para o desenvolvimento da intimidade.  

Sem silêncio privamo-nos da possibilidade de nos ouvirmos a nós mesmos, perdemos a capacidade de desenvolver a contemplação e a meditação. De facto, uma das características próprias do ser humano é a capacidade de entrar na sua própria intimidade. Uma pessoa que tem um bom mundo interior age a partir de si mesmo, com menor perigo de se deixar levar por qualquer disparate.  

Na sociedade ocidental, o silêncio tornou-se sinónimo de solidão, e a solidão num dos maiores medos do homem moderno. Mas é em silêncio que se ouve música, se contempla a arte, se medita ou se pede a Deus. O silêncio é a matriz geradora do pensamento, da linguagem não expressa e, portanto mais profunda. 

As expressões artísticas silenciosas e multicores sempre despertam sentimentos, os mais variados e, muitas vezes, nos transportam para dimensões cósmicas. A contemplação de uma obra de arte, além de produzir emoção, proporciona momentos de prazer, cultura e lazer. Uma comunicação singular processa-se na interacção silenciosa do observador com o criador, porque a arte não tem uma única leitura, não tem fronteiras, é universal.

Parar ao contemplar uma obra de arte é tentar traduzir a linguagem do silêncio que a envolve, pois, o silêncio é a linguagem da sabedoria. Saber ver é sentir com o coração. No seu expressar eloquente, o silêncio revela o conhecimento oculto, transcendental. 

Muitas vezes, nem mil palavras são capazes de transmitir o que a linguagem da ressonância silenciosa revela. Quando nos permitimos silenciar, verdades multifacetadas e profundas tornam-se mais presentes.

sábado, 9 de julho de 2011

Cisterna - simpatia, doces e cama suspensa - um conceito sedutor

Cisterna, é uma casa de campo, situada num castelo medieval em Castelo Rodrigo, uma bela aldeia fortificada e com séculos de história.





Ficámos no Quarto da Coruja, muito acolhedor.
Escolhido, propositadamente, afinal o conceito, de cama suspensa e tecto estrelado, é sedutor.

Para além do Quarto da Coruja, a casa dispôe de mais quartos:
o Quarto do Noitibó, o Quarto do Melro Azul, o Quarto do Rabirruivo, entre outros.
O Cisterna também dispõe de uma piscina exterior, apreciada nos dias quentes, e de um lindo terraço que convida a tranquilos momentos de leitura.


De manhã, sem horas marcadas, numa sala com mesa corrida, que nos faz lembrar a casa da avó, podemos saborear um rico buffet de pequeno-almoço que inclui tartes e bolos caseiros, mel local, uma selecção de doces, queijos, charcutarias e bebidas quentes e frias.
Tudo isto acompanhado pela simpatia da Ana, proprietária, que através de desenhos e rabiscos, fez-nos um completo croqui, com as maravilhas locais a visitar, indicando os melhores restaurantes da zona.
Esta casa de campo fica a 20 km de Almeida. Tal como Castelo Rodrigo é uma aldeia histórica, caracterizada pela extraordinária muralha defensiva com forma de uma estrela de doze bicos apresentada com precisão geométrica.
As atracções próximas incluem as gravuras do Paleolítico no Vale do Côa e as vinhas do Vale do Douro.
Um fim-de-semana passado no local ideal, afinal tratava-se de uma escapadela romântica...